Projeto pretende criar ações para que profissionais negras tenham oportunidades de ascender profissionalmente
O primeiro Fórum Pacto das Pretas reuniu 25 mulheres negras na cidade de São Paulo para discutir inserção no mercado de trabalho. Com o tema “Enegrecendo a sustentabilidade nas empresas”, o evento busca fortalecer mulheres pretas e estimular o engajamento de empresas comprometidas com a equidade racial.
Cida Bento, psicóloga e conselheira do CEERT, proferiu a palestra de abertura do fórum. Ela falou sobre a importância da educação para que mulheres pretas sintam-se pertencentes aos espaços de liderança, dos quais foram excluídas:
“É esse conceito de educar: educar dentro das empresas, educar para dizer que os espaços, públicos e privados, têm que ser democráticos são para todos nós, todas nós, todes nós. Eu considero muito importante o conceito ampliado de educação”.
Cida Bento ainda ressaltou que as instituições precisam se educar de maneira sistêmica, interna e externamente. Segundo Cida, além de inserir mulheres pretas no ambiente corporativo, é necessário pensar em instrumentos de gestão que possibilitem um acompanhamento periódico.
“Como é que está a inserção dessas mulheres? Oportunidades de treinamento, de mentorias, de ampliação de perspectivas dentro da instituição? Ocupar um lugar de liderança, enquanto mulher negra, não é só estar em lugar de comando. É tomar decisões importantes, seja em organizações públicas, seja nas privadas ou da sociedade civil, que impactam a sociedade”.
Manifesto
As participantes do fórum produziram um manifesto para que as empresas sejam propositivas na implementação de ações afirmativas. O documento declara que ações de fomento às potencialidades de mulheres negras são um direito e um dever social.
Segundo o documento:
“Nós, mulheres pretas, somos conscientes da nossa longa jornada a ser percorrida para superação da desigualdade. O momento é oportuno para pautar discursos e romper a discrepância.
Buscando soluções conjuntas para diminuir o desequilíbrio de gênero e raça.
O Fórum é mais uma iniciativa legitima para que as vozes das mulheres pretas ecoem uníssonas, combatendo a invisibilidade estrutural e cultural. Dialogando com pessoas pretas, pardas, brancas, amarelas e todes. Haja visto que o desafio enfrentado, no quesito gênero, é de responsabilidade coletiva”.
Para saber mais, acesse o site do Pacto de Promoção da Equidade Racial.
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***Texto produzido com informações da Fundação Roberto Marinho.
Fonte: Pacto da Equidade Racial
Categoria: Direitos Humanos