O sistema de cotas para estudantes negros/as ingressarem em universidades públicas começou a ser implantado no Brasil no início da década de 2000. Durante toda essa década houve debates febris entre intelectuais, com argumentos pró e contra, sobre esse sistema.
Neste artigo, os pesquisadores Sales Augusto Santos (UFV) e Matheus Freitas (UFMG) investigam se, após vinte anos da implantação do primeiro sistema de cotas no país — o da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) —, um dos argumentos contrários às cotas ainda faz sentido:
a suposição de que a implementação do sistema de cotas promoveria conflitos raciais violentos nas universidades públicas.
Para avaliar o argumento, os autores realizaram uma breve incursão histórica no período republicano, com vistas a verificar se havia histórico de conflitos raciais violentos no Brasil.
Também foram feitas pesquisas de levantamento (com survey), em 69 universidades federais, e documental (com dissertações, teses e artigos acadêmico-científicos) com o mesmo objetivo.
Segundo Santos e Freitas, a pesquisa constatou que suposições desses conflitos não eram novas no Brasil, assim como também não se concretizaram.
Leia o artigo completo no site da Revista Brasileira de História & Ciências Sociais.
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Fonte: Revista Brasileira de História e Ciências Sociais
Categoria: Educação