A fome e o racismo estrutural

Autor: CEERT Data da postagem: 17:37 18/07/2022 Visualizacões: 288
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Crédito: Imagem cedida por Márcio de Carvalho/Instituto Ibirapitanga

 "'A fome não é só visível, mas 'por fora a cor da fome no Brasil é preta', como afirma Fran Paula, em referência ao premiado livro 'Quarto de despejo' em que Carolina Maria de Jesus relata que a fome é amarela", afirma Manu Justos, gestora de portfólio do programa Sistemas alimentares do Instituto Ibirapitanga.

Neste artigo para o Boletim Especial do Instituto Ibirapitanga, Justos analisa os dados do último levantamento da Rede PENSSAN – Rede Brasileira de Pesquisadores em Soberania Alimentar e Nutricional, e mostra que a fome é visível no Brasil em 2022.

Isso porque 58,7% da população brasileira sobrevive com insegurança alimentar, o que totaliza 125,2 milhões de brasileiros nessa condição; além de 33,1 milhões de pessoas em insegurança alimentar grave – ou seja, com a fome de quem não tem o que comer. 

"A cada trajeto realizado nas ruas das cidades vemos uma (ou mais) das quase 16 milhões de pessoas constrangidas em seus pedidos de ajuda para conseguir comida", afirma Justo em seu artigo e completa:

"Enquanto entre os domicílios em que a pessoa de referência é branca vemos índice de 50% de segurança alimentar, apenas 35% dos domicílios com pessoa de referência negra têm a garantia de alimentos. Mesmo quando se olha para um fator determinante, como a renda, a insegurança alimentar acomete a população negra de forma desigual". 

Acesse o artigo completo "O que vemos quando olhamos para a fome - por Manu Justos" no site do Instituto Ibirapitanga.

 

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O  CEERT é parceiro do Instituto Ibirapitanga, e divulga esse conteúdo com o objetivo de ampliar o debate sobre a questão da insegurança alimentar no país.

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