Quem convive com as discussões críticas sobre a natureza da escola numa sociedade como a brasileira, sempre se surpreende com a importância que é dada à educação pelos segmentos discriminados da população. Penetrar no ensino público, interferir nos conteúdos curriculares, criar novos materiais didáticos, formar professores comprometidos com os interesses dos grupos marginalizados – propostas que muitas vezes nascem de experiências educativas no âmbito das organizações populares – tudo isso ganha uma ênfase nova quando faz parte de um projeto de mudança mais amplo, conferindo positividade à escola que vem sendo denunciada pela sua face mais perversa.