Desigualdade de Gênero e Raça na Política Brasileira

Autor: CEERT Data da postagem: 17:28 01/08/2022 Visualizacões: 300
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Crédito: Capa do Relatório Oxfam/Montagem Aline Maccedo CEERT

Atualmente, 57% dos municípios do país não têm vereadoras negras, e há 978 cidades (18% do total) sem mulheres nas Câmaras Municipais.

Em um país em que mais de 50% da população é negra e mais de um quarto da população é composta por mulheres negras – e elas ocupam apenas 6% dos assentos nas câmaras de vereadores – fica evidente o impacto do legado histórico do patriarcalismo, racismo, LGBTfobia e violência que ainda não foi superado, algo crucial em se tratando de defesa da democracia.

Os dados fazem parte do levantamento Relatório Desigualdade de Gênero e Raça na Política Brasileira, produzido pela Oxfam Brasil e Instituto Alziras, duas organizações comprometidas com o enfrentamento das desigualdades e com a ampliação da participação política de mulheres em toda sua diversidade.

O estudo analisa as desigualdades de gênero e raça na política brasileira, a partir dos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre as eleições municipais de 2016 e 2020.

Os resultados mostram avanços relevantes como o aumento recorde do número de mulheres, pessoas negras, LGBT+ e indígenas eleitas para as câmaras municipais em 2020, porém há uma longa estrada a percorrer.

Embora sejam a maioria da população brasileira e acumulem mais anos de estudo do que os candidatos homens, as mulheres perfazem menos de 14% das candidaturas para o poder executivo municipal. 

Nas duas últimas eleições (2016 e 2020), apenas duas capitais brasileiras elegeram prefeitas: Boa Vista (RR) em 2016 e Palmas (TO) em 2020. Isso ocorreu apesar de mulheres (todas brancas) terem disputado o segundo turno em cinco capitais no último pleito.

Entre 2016 e 2020, mulheres eleitas assumiram o comando de 11,5% para 12,1% dos municípios do país. Nesse ritmo, levaremos 144 anos para alcançar a paridade de gênero nas prefeituras brasileiras. 

Já a equidade racial no poder executivo municipal levaria menos tempo, cerca de 20 anos, considerando que, de 2016 a 2020, houve um avanço de três pontos percentuais nas cidades chefiadas por prefeitos e prefeitas negras, passando de 29,1% para 32,1%.

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O Relatório Desigualdade de Gênero e Raça na Política Brasileira, se divide em quatro partes. Nas duas primeiras, um olhar em detalhe sobre o perfil das candidaturas e das pessoas eleitas para prefeituras e câmaras de vereadores em 2016 e 2020. ~

Na terceira, uma análise sobre as desigualdades de acesso a recursos para campanhas políticas. Na quarta, uma proposta de agenda contra a desigualdade política, por uma democracia com igualdade de gênero e raça.

 

Acesse o documento no link abaixo:

https://bit.ly/ofxam_desigualdade_genero

 

 

 

Com informações de: Relatório Desigualdade de Gênero e Raça na Política Brasileira

 
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