Contribuir com o processo de formação da identidade brasileira de cada criança, valorizando a contribuição dos diferentes povos que o constituem, com ênfase nas africanidades e em um de seus legados, a oralidade, contemplando, assim, o modo de ser, ver, sentir e viver dos africanos.
Lançar mão de toda sorte de atividades de informação e formação, como pesquisas, entrevistas, exibição de áudio-visuais, leitura, histórias contadas e cantadas e brincadeiras, entre outras, que resgatassem o imaginário cultural brasileiro e suas heranças básicas – indígena, africana e européia –, dando consistência ainda maior à importância do conceito de diversidade.
Resgate e valorização de canções e histórias das famílias dos alunos; Ampliação do repertório de brinquedos (pião, corda, bola, pé-de-lata, capucheta, hélice, elástico, amarelinha) e brincadeiras tradicionais (pomponetas, rodas contadas e de verso); Acesso a livros e materiais áudios-visuais que valorizassem as diferenças étnico-raciais, a fim de alimentar o imaginário infantil; Inserção de congadas no cotidiano escolar com o intuito de desenvolver uma atitude de respeito pela diferença e contribuir efetivamente para a formação da identidade e da auto-estima das crianças; Registro a respeito dos brinquedos e das brincadeiras prediletos do grupo; Dia na escola em que famílias e crianças puderam usufruir das heranças culturais da formação do povo brasileiro, comendo, dançando, cantando e brincando juntos.
Terminamos o ano com um grupo de crianças coeso, detentor de grande repertório de brincadeiras e que havia descoberto na oralidade uma forma de se relacionar com o outro, com as diferenças e com o mundo. Crianças capazes de abordar questões étnico-raciais com naturalidade, valorizando sua história e sua herança cultural.
Amanda Gomes Pinto e Fátima Regina Graminha