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Um Pouco de Nós, Um Pouco da África

Objetivo

Houve, na escola, várias tentativas de implementação de um projeto sobre cultura africana. Embora várias professoras desenvolvessem, durante o ano, trabalhos com esse tema, o grupo todo não se sensibilizava com a ideia. Uma das dificuldades era não saber como lidar, em classe, com a questão da discriminação e do preconceito. A mudança ocorreu quando os alunos assistiram ao filme Kiriku e a feiticeira, que deixou as crianças e os professores encantados. Foi proposto, então, que os professores lessem, diariamente, durante um bimestre, livros de contos africanos. Percebemos que a riqueza e o arrebatamento provocado pelas lendas, contos, mitos, fábulas, poesias formavam o caminho para a implementação de um projeto de afirmação da cultura negra em toda a escola. Por isso, decidimos que esse seria o tema do projeto.

Metodologia

Garantia da participação dos alunos no planejamento do projeto, convidando, inicialmente, os afrodescendentes para discuti-lo com a coordenadora. A intenção era saber até que ponto esses alunos tinham interesse em conhecer as suas origens. No final do projeto, foi feita uma avaliação para comparar o número de alunos participantes no início e no final do projeto. Familiarização com a literatura africana, colocando à disposição livros para empréstimo e leitura. Realização de pesquisa com as famílias sobre a origem dos seus ancestrais, receitas típicas e histórias contadas pelas avós. Estudo e criação de selos tendo como tema a estamparia africana. Ensaio e apresentação no dia da festa da música Um pouco de nós, um pouco da África, do grupo Palavra Cantada, que deu nome ao projeto. A partir da proposta de uso do corpo como expressão de identidade negra, alunos de todas as classes passaram a usar na escola cabelos trançados e enfeitados à moda africana, durante o desenvolvimento do projeto. Foi decidido entre alunos e professores que o final do projeto seria uma festa com danças, desfile de penteados, exposição de trabalhos, apresentação de composições musicais. Realização de visita ao Museu Afro-Brasil, no Ibirapuera, confecção de panos estampados, inspirados na história Nina e a galinha d’ Angola, na visita realizada ao museu e nas aulas de Artes.

Atividades

Reunião com os alunos afrodescendentes para discutir o projeto; levantamento dos conhecimentos sobre a África; apresentação do filme Kiriku e a feiticeira e transformação da história em livro ilustrado; localização do continente africano no mapa-múndi; pesquisa na internet a respeito dos países africanos de onde vieram os escravos para o Brasil; leitura de textos sobre a história africana no Brasil e os movimentos de libertação dos escravos; leitura de contos da cultura africana e realização de reescrita em aula; realização de pesquisa dos alunos com suas famílias, meios de comunicação, como jornais, revistas, livros, sobre a influência da culinária africana na nossa cultura; atividade de artes plásticas de estamparia africana; visita ao Museu Afro Brasil, no Ibirapuera; exposição, em mural, de fotos dos alunos e seus familiares; exposição de trabalhos realizados e apresentação de teatro, dança e jograis.

Resultados

A construção do orgulho da ascendência africana entre os membros da comunidade escolar foi notável, por meio da apropriação da cultura de seus ancestrais. Ampliou-se o reconhecimento da riqueza das influências africanas na formação do povo brasileiro. Destaca-se, também, que foi possível estabelecer uma ligação afetiva entre a família e a escola. Os resultados deste projeto foram tão positivos que resultaram na sua incorporação à proposta pedagógica da escola.

Docentes

Ana Cristina Tarifa Pussacos, Arlete Oliveira, Cássia Mariotti Gaspar, Elizete Melo de Mesquita, Isolde Feldmann Farias, Marilene Nunes Aguiar, Patrícia Carla Gonçalves, Rérida Maria Mazola, Rozelane de Santana, Soraya aparecida Pereira do Valle, Tânia Cristina Peres Bazzani.

Diretora
Raquel Martins

Vice-diretora
Rosa Maria Pudney Penha

Coordenadora Pedagógica
Lurdes Ribeiro

Imagens