Reconhecer a diversidade étnico-racial presente na escola, a fim de resgatar o protagonismo do negro na história brasileira, sobretudo, na literatura e na cultura nacional, visando desconstruir o “mito de democracia racial” e promover uma educação antirracista no currículo dos anos Iniciais do Ensino Fundamental.
Durante as aulas, o conteúdo foi abordado em momentos expositivos e rodas de conversa, com auxílio de textos informativos, coleções pedagógicas, músicas, vídeos e obras de arte. Os alunos produziram textos, livros de bolso, receitas, painéis informativos e um caderno individual de registro das suas reflexões durante os encontros. Organização dos materiais produzidos ao longo dos meses, expostos na Feira Anual de Cultura da escola, com participação da comunidade.
Mapeamento sobre o que os alunos sabem acerca da história do povo africano no Brasil; • Sensibilização das turmas, reconhecendo que a “A África está em nós” (evidência do racismo na escola) e no país; • Leituras de histórias, lendas, contos, mitos e provérbios onde os negros são os protagonistas; • Apreciação de músicas e vídeos como: “O Xadrez das Cores”, “Amistad” e “Zumbi”, nos quais as práticas culturais afro-brasileiras (dança, música, vocabulário, literatura, culinária, artes visuais e religiosidade) são apresentadas e caracterizadas; • Apresentação de slides sobre a história dos povos africanos e suas contribuições importantes; • Confecção de livros de receitas afro-brasileiras e dicionários com vocábulos e expressões africanas no Brasil; • Organização de painéis informativos e exposições das produções dos alunos na escola; • Produção de um caderno de registro individual que acompanhou os alunos nas aulas.
Aumento da assiduidade, interesse e participação dos alunos em todas as aulas. Reconhecimento de mudanças e posturas a cerca da importância do respeito ao povo afro-brasileiro no Brasil, por parte de alunos negros e não-negros; maior integração entre os pais, professores e os próprios estudantes que reconheceram - a maioria era negra – o valor das tradições de seus antepassados e o reconhecimento de que o Brasil é um país ainda racista e racializado, mas que a escola apresenta-se como espaço oportuno no combate a essas práticas.
Francisco Thiago Silva (organizador),Anna Maura Lima Silva Vais Pinto e Marifainy Mendes da Silva.