Elucidar a presença histórica dos negros na comunidade de Venda Nova do Imigrante, valorizando de forma igualitária os membros de uma comunidade, além de construir laços substanciais de identidade e consolidação da cidadania, revertendo a lógica quase naturalizada que diferencia, inferioriza e hierarquiza a população negra e pobre na escola e na comunidade.
O caminho para a construção desse trabalho partiu da necessidade de ouvir as histórias do ponto de vista das famílias envolvidas no projeto. Para chegarmos ao nosso objetivo, os alunos desenvolveram ações como entrevistas, análise de documentos pessoais e fotografias e registro das vivências das pessoas na comunidade.
Fase I - 2009 • Apresentação do projeto aos alunos; • Organização dos grupos; • Levantamento das famílias mais antigas do município, descendentes de negros; • Aplicação de um questionário e explicação sobre 20 de Novembro (Dia Nacional da Consciência Negra); • Sessão de fotos das famílias para exposição na 1ª Semana da Consciência Negra de Venda Nova do Imigrante; • Semana da Consciência Negra, período de 16 a 20 de novembro. • Fase II - 2010 • Reorganização dos grupos; • Registro dos relatos, seleção de fotos e documentos para serem inseridos nos capítulos do livro dedicado a cada família; • Estudo sobre o que é uma árvore genealógica e o gênero textual memória; • 2ª Semana da Consciência Negra. Culminância com o Projeto História e Memórias... A trajetória do povo negro em Venda Nova do Imigrante; • Cerimônia de finalização do projeto, com entregas dos livros às famílias participantes e alunos envolvidos.
Os resultados obtidos com o desenvolvimento do projeto constataram que houve avanços na troca de informações sobre a cultura afro-brasileira em Venda Nova do Imigrante. Desde os primeiros momentos, as famílias participantes se colocaram à disposição dessa atividade ouvindo as explicações dos alunos sobre o Dia da Consciência Negra. Aceitaram expor suas fotos ao público e relatar a trajetória de suas vidas, disponibilizando documentos que representavam lembranças. Percebeu-se que a construção do saber começou a ser processada, pois os alunos, no decorrer do projeto, descobriram a necessidade do reconhecimento da individualidade do outro, da persistência para conseguirem a confiança e o respeito das pessoas com as quais eles conviveram por dois anos.
Celina Januário Moreira, Eliane Maria Lorenzoni, Maria Eliza Siemon Falqueto, Horácio Cardoso de Oliveira
Neto e Franceila Falqueto.
