Construir a identidade a partir das relações sócio-históricas culturais de forma autêntica e contextualizada, conhecendo a contribuição dos negros na nossa herança cultural, utilizando a arte e suas linguagens como fio condutor, assim como as diferentes áreas de conhecimento.
O projeto foi organizado em etapas e o registro diário foi realizado em cadernos, fotos, filmagens, confecção do portfólio contendo atividades e fotos de cada etapa do projeto, além da observação do desenvolvimento e a participação das crianças. A estratégia adotada foi a Pedagogia de Projetos, pois acreditamos que um dos benefícios de se trabalhar com essa abordagem é permitir às crianças que estabeleçam múltiplas relações, ampliando suas ideias sobre determinado assunto, buscando complementações com conhecimentos pertinentes e diferentes conteúdos.
• Leitura da história infantil Epé Laiyé – Terra Viva de Mãe Stella de Oxóssi, proporcionando o contato das crianças com os deuses da natureza (orixás); • Visitas aos principais pontos turísticos de Salvador: ao Museu Afro e de Etnologia da Bahia, ao Centro Cultural Solar Ferrão, ao Museu da Cidade e ao Museu Eugênio Teixeira; • Oficinas: oficina de arte em tela no Palácio da Aclamação, oficina de arte no azulejo, oficina de pintura em telha, oficina de máscaras africanas, oficina de brinquedos com a participação da LIMPURB; • Confecção de livro da história de nossa cidade e de livro sobre os orixás com ilustrações das crianças; • Visita ao Terreiro Ilê Axê Opô Afonjá para conhecer Mãe Stella de Oxóssi; • Campanha de preservação ao meio ambiente, com apresentação no Desfile da Primavera que aconteceu no Pelourinho. Nesse evento, cantaram e dançaram as músicas É D’Oxum e São Salvador; • Apresentação no Colóquio Afro-Indígena e no MIEIB; • Exposição de Artes na I Mostra Cultural do CMEI e apresentação teatral da história “Epé Laiyé Terra Viva”, aberta à comunidade, entre outras atividades.
As atividades realizadas apontaram que as descobertas sobre os deuses da natureza “Os Orixás” mostraram como a criança pode conhecer e participar ativamente da sua cultura de uma forma livre, autêntica e sem discriminações, além de aprender de uma maneira alegre, criativa e desafiadora. Foi percebido nas crianças o desenvolvimento da linguagem oral e do vocabulário, possibilitando avanços na linguagem escrita e demais áreas de conhecimento. A turma aprendeu a trabalhar em grupo, respeitar as diferenças e, principalmente, o sentido da cooperação entre eles, demonstrando orgulho em fazer parte do grupo étnico/racial a que pertencem, contribuindo de forma positiva na construção da identidade e ao respeito à diversidade, obtendo avanços em todas as áreas de conhecimento.
Adriana Rodrigues dos Santos