Investir na auto?estima dos alunos, levando?os a refletir: que características como a cor da pele, o tipo de cabelo ou o formato do nariz não interferem no caráter ou na inteligência das pessoas; que o racismo não tem uma lógica científica; que aquele conhecimento popular que fere, machuca e discrimina deve ser derrubado pela ética e pela ciência.
Problematização: levantamento dos conhecimentos prévios, dos alunos; Incentivo à pesquisa e ao trabalho grupal; Aulas expositivas com apoio de recursos musicais e visuais; Avaliação e síntese através de cartaz e exposição.
- 1a aula: Problematização – Trabalho com bonecas negras. Levantamento das dúvidas sobre NEGRITUDE e RACISMO. - 2a e 3a aulas: Pesquisa em grupos, em várias fontes, inclusive professores, para responder às questões levantadas. - 4a aula: Aula expositiva com músicas e álbuns com farta ilustração. - 5a e 6a aulas: Síntese e avaliação A avaliação foi contínua e processual. Cada aluno escolheu um tema relacionado a NEGRITUDE e RACISMO, para fazer um cartaz e posteriormente confeccionar, em conjunto, um painel. 7a e 8a aulas: Ação Os alunos organizaram e ensaiaram um mini show, onde a valorização do povo negro foi o tema principal.
O conhecimento voltado para a conscientização racial tem gerado bons retornos dos alunos, principalmente dos alunos negros, que deixam transparecer sua satisfação ao constatarem que não existem raças superiores e ao refletirem sobre as mentiras raciais transmitidas oralmente e quase nunca discutidas nos livros didáticos. Muitos desses alunos tiveram sua auto?estima aumentada; orgulharam-se de conhecer a luta de líderes negros. Certamente terão mais argumentos, daqui para frente, para se defenderem de situações constrangedoras e talvez, alguns se tornarão militantes desta causa. E exercerão sua cidadania com responsabilidade, buscando a justiça que traz a paz, através do diálogo, da união de idéias e de ideais. Além de tudo, fiz grandes amigos.
MARIA ZILÁ TEIXEIRA DE MATOS