Despertar a consciência para o relacionamento proveitoso com as diferenças e a diversidade étnica, cultural e cosmológica ou religiosa. Elaborar uma maquete para “1ª Feira de Ciências do Planetário da Gávea e da 2ª CRE SME/RJ”, lançando um olhar sobre a “ciência” que não seja prisioneiro do “saber ocidental” e “produtivo”.
Construção de objetivos de estudo por meio da identificação de conceitos e seus manejos e usos na literatura histórica. Leituras de textos variados (verbais e iconográficos). Relatórios coletivos ou individuais sobre as pesquisas. Troca permanente de idéias entre os grupos temáticos e de pesquisa, possibilitando “descobertas” coletivas e potencializado identificações individuais.
• Debate sobre o tema gerador: “beleza na diferença e unidade na diversidade”. • Construção dos objetivos e identificação dos conceitos: etnia e identidade; pluralismo; cosmovisão; ciência e cientificismo; era industrial e sociedades capitalistas ocidentais. • Realização de oficinas de “sensibilização do olhar” com exibição dos vídeos: “Ilha das Flores”; “O dia em que Dorival encarou a guarda”; “Acorda Raimundo” e trechos do filme “A missão”.
Uma flagrante superação de conceitos prévios e etnocêntricos, o que possibilitou aos alunos olhar a comunidade sob o prisma de um vínculo de pertencimento e de identidade, em meio a uma diversidade social e urbana e que, em termos midiáticos, é profundamente padronizadora, mas nem por isso “verdadeira”. A afrodescendência foi um vibrante tema gerador. O melhor foi o debate ter envolvido o Doyethiró, porque, sábio e conhecedor das lutas pela afirmação étnica no Brasil, possibilitou aos alunos refletirem que, se não há o “índio no singular e idealizado”, também não existe o “negro” no singular e sem etnicidade, valores, conhecimentos e pluralidades.
Profº. César de Miranda e Lemos
