Melhorar as relações entre as crianças de modo a erradicar os xingamentos e piadinhas racistas que, infelizmente, ainda estão presentes no cotidiano escolar. Naturalizar o olhar para o negro, para que ele deixe de ser o diferente. Elevar a auto-estima das crianças negras, contribuindo para a formação de sua identidade e para a cidadania de negros e não negros.
Leitura de histórias, em capítulos, o que fez despertar maior interesse das crianças. Discussões acerca do racismo e de preconceitos, nas quais as crianças falavam de suas experiências e a de seus familiares. O fato de as personagens serem negras foi tema de discussão, inclusive para falarmos da ausência do negro na mídia e na literatura infantil.
• Narração de histórias com discussão dos temas abordados. • Desenho acerca das histórias, podendo cada participante escrever suas impressões ou a parte que mais gostou. • Criação do espaço “Dicas de Leituras”, onde as crianças penduram os livros que acham que os colegas devem ler e criam as propagandas sobre estes livros. • Confecção de fantoches de dedo, utilizando feltro, para que o aluno representasse a si e a seus pais de acordo com as suas características.
Antes desta experiência, era muito comum ver crianças negras se representando em desenhos com pele branca e cabelos loiros. Igualmente,a representação da professora, também negra, aparecia com pele clara e os cabelos loiros. Agora, as crianças negras passaram a se representar de acordo com sua etnia, o que foi observado também nas representações por meio dos fantoches de dedo. Outro resultado foi que cessaram as queixas sobre racismo entre os alunos.
Profª. Ângela Maria Parreiras Ramos